Nesta quarta-feira (8/3) o aplicativo Uber ganhou o centro das atenções no Brasil. O motivo? Cerca de 5 mil taxistas se reuniram na Praça Charles Muller, na Zona Oeste de São Paulo pedindo o banimento do serviço no país. Por que o Uber incomoda tanto? Descubra no artigo a seguir detalhes sobre esse impasse entre taxistas e a empresa desenvolvedora do aplicativo.
O que é o Uber?
O Uber é um serviço que fornece motoristas particulares para os usuários do aplicativo. Os profissionais são credenciados junto à empresa e seguem requisitos mínimos para a prestação de serviço. Em outros países, as modalidades são mais abrangentes, como entrega de alimentos porta-a-porta e atendimento por meio de carros de luxo. Alguns veículos dispõe de água gratuita, ar-condicionado, entre outros diferenciais que aumentam em até 25% o valor de uma viagem mais simples pelo próprio aplicativo. O valor de uma corrida pelo Uber pode ser até 10% mais econômica do que um serviço de taxi local. As operações da empresa se iniciaram no Brasil em maio de 2014, e desde então incomodam muito a categoria de taxistas.
Uber na mira dos taxistas
O lucro do Uber vem de 20% de comissão obtidos em cada viagem e 10% em cima do software que é licenciado para o motorista se conectar com o usuário. A empresa comercializa o serviço na modalidade de carona remunerada, ou seja, não possui vínculo com a Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi). A manifestação em São Paulo reuniu cerca de 5 mil taxistas que pediram o banimento do aplicativo do país, alegando que seu funcionamento ocorre de forma clandestina e à revelia das leis do país. Em nota emitida para a imprensa, a Uber no Brasil comentou o fato ocorrido. Eis o comunicado:
"Os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades. A Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes".
Por outro lado, os taxistas alegam que todas as práticas para o transporte de passageiros individualmente com algum tipo de remuneração estão sob a sua tutela, possuindo esse direito regulamentado pela lei de mobilidade urbana 12.468. A lei estabelecida em 2011 dita todas as regras que devem ser seguidas para atuação de empresas nessa modalidade. Mesmo que o Uber seja um serviço de carona particular, o procedimento realizado pela empresa entraria em conflito com os interesses dos taxistas, que acabaram perdendo clientes para o aplicativo em algumas cidades.
Os taxistas reclamam da falta de fiscalização e da prática clandestina do transporte realizado pelo Uber. A categoria pede que o Ministério Público Federal intensifique as ações diárias e aumente a multa para cada veículo do serviço apreendido até que o aplicativo seja inativado no país. Desde o início de suas operações no Brasil, o Uber já teve 17 veículos apreendidos pelo MPF sob suspeita de transporte irregular.
A briga entre os taxistas e o Uber está só começando! Você concorda com os argumentos contra o aplicativo?
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